Tiozão Games: A espera terminou. Resident Evil 5 finalmente chegou à dupla de consolas HD.

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A espera terminou. Resident Evil 5 finalmente chegou à dupla de consolas HD.

A Capcom festeja os 13 anos de Resident Evil lançando a primeira incursão HD do velho franchise. É a continuação lógica do mítico quarto episódio, que volta a apostar no estilo “acção pura” em detrimento do género “filme de terror”. Como resultado, fomos agraciados com uma experiência repleta de adrenalina, visualmente esplendorosa e realmente divertida, que faz evoluir a série em determinadas características, mas ficando presa ao passado em muitas outras.

Como é universalmente sabido, o argumento leva-nos até uma aldeia africana, local onde foram realizadas experiências menos próprias, muito ao estilo do que aconteceu em Resident 4. Chris Redfield e Sheva Alomar assumem as rédeas da investigação e partir daí serão protagonistas de acontecimentos repletos de voltas e reviravoltas... que não são para aqui chamados, pois não queremos estragar o prazer da descoberta.

Há que referir que as acusações de racismo a que o jogo tem sido sujeito são absolutamente infundadas. Na verdade, é bem mais lógico que os acontecimentos relatados tenham o muito martirizado continente africano como pano de fundo e não uma vila espanhola, como aconteceu de forma absolutamente surreal no episódio anterior. Basicamente, trata-se de uma história mais credível... dentro do possível, obviamente.

Começando pela experiência solitária, a mecânica base veio directamente de Resident 4, portanto, contem com um jogo de acção na terceira pessoa, no qual é necessário estar-se parado para disparar e recarregar as armas. E esta para nós é uma das maiores falhas deste quinto capítulo.

Confessamos que após termos passado muitas horas na companhia de Dead Space, foi necessário um longo período de readaptação ao velho estilo do franchise. Sinceramente, não dá para compreender a razão pela qual a Capcom voltou a apostar nessa fórmula, especialmente tendo em conta que a força do hardware da PS3 e 360 foi utilizada para trazer até ao ecrã um maior números de inimigos em simultâneo.

Assim sendo, é extremamente irritante sentirmos que determinadas situações parecem ter sido criadas para momentos de “corre e dispara”, mas que na realidade temos de lidar com um protagonista que fica colocado ao chão enquanto prime o gatilho. No início chega a ser extremamente frustrante, mas com o decorrer tempo o problema vai sendo esquecido. Muitos estarão de acordo com a decisão de Kenichi Ueda de manter em vigor o estilo da série, mas a verdade é que tudo evolui, como, aliás, foi provado em Resident 4.

E por falar em evolução, presente está um sistema de gestão de objectos e armas completamente novo, que tira partido do facto de dois protagonistas encontraram-se quase sempre em simultâneo no ecrã. Não existindo a possibilidade de se fazer upgrade à “mala de transporte”, como acontecia no capítulo anterior, temos de organizar as posses entre os dois, o que não deixa de ser excelente, especialmente tendo em conta que Resi 5 foi criado com o co-op em mente.

Essa organização também pode, e deve, ser feita entre níveis, ou quando vamos entrar novamente em cena após termos morrido. Nesses momentos, é possível guardar material no baú, comprar novas armas, plantas, sprays, granadas, fazer upgrades aos objectos de destruição, vender o que tem de ser vendido, etc, etc, etc. Excelente.

A presença em campo de Sheva varia entre o muito bom e momentos onde a rapariga pratica acções algo imbecis. Começando pelo melhor, há que fazer justiça à nossa camarada de armas, tendo sido muitas as situações em que ela nos salvou de uma morte mais do que certa, pois a moça não só dispara como também usa plantas e sprays quando o momento assim o exige.

No nosso caso, optámos por lhe fornecer uma sniper, ficando nas nossas mãos os combates a curta distância. E a estratégia resultou na perfeição, pois Sheva domina a arte de “um tiro, uma morte”. Excelente para aliviar os cenários de alguns “obstáculos” mais distantes, tornando menos pesadas as vagas de inimigos.

Mas como referimos, a sua inteligência artificial está longe de ser perfeita. Sheva gasta munições de forma pouco pensada e não se protege das investidas dos inimigos, o que resulta em situações complicadas, especialmente no que respeita à gestão das munições. Para complicar, se a rapariga morre... Game Over. Mesmo assim, entre o deve e o haver, a sua prestação em campo não deixa de ser imprescindível.

Obviamente que tudo isto muda de figura a partir do momento em que Resident Evil 5 é partilhado com outra pessoa. É aí que realmente nos percebermos que toda a obra foi criada a pensar no multiplayer cooperativo. E o trabalho realizado é realmente excelente, sendo necessário uma coordenação extrema entre os dois elementos para se conseguir ultrapassar as dificuldades.

Por exemplo, se cada um for para o seu lado, torna-se impossível a partilha de material. E quando isso acontece, o fim é mais do que certo. O mesmo pode ser dito da utilização de plantas e sprays, que afecta a dupla no caso dos heróis se encontrarem perto um do outro. Diga-se que por vezes não há mesmo possibilidade de Redfield e Sheva estarem juntos, pois a Capcom criou várias situações onde, por breves momentos, a separação é obrigatória, sendo necessário colocar-se em prática uma mudança de estratégia. Basicamente, estamos perante uma experiência cooperativa de altíssima qualidade.

Quanto ao resto, contem com o habitual. Portanto, às resmas de combates juntam-se situações onde eventos em tempo real dão sinal de si, obrigando-nos a pressionar o botão certo no momento correcto. Convém referir que estas situações são extremamente fáceis de serem ultrapassadas, pois ao contrário de, por exemplo, God of War II, temos bastante tempo para reagir às exigências.

Igualmente fáceis são os combates com os muitos bosses que proliferam através da aventura, bosses esses de grande, mas mesmo muito grande, porte. Ou seja, não foram poucas as situações em que pensámos: “Ora aqui está um exemplo de muita parra e pouca uva. Mas a parra é realmente grande!”.

Alguns enigmas ligeiramente Tomb Raider entram também em cena durante a recta final da aventura, sendo necessário puxar um pouco pelas células cinzentas para se conseguir avançar. Mas nada que faça encalhar os jogadores, cortando o ritmo à acção. No seu todo, trata-se de uma experiência linear, repleta de momentos capazes de tirar a respiração. Entretenimento puro.

Em termos de longevidade, o single-player de Resident Evil 5 é mais curto do que o episódio anterior. Na parte que nos toca, foi terminado em cerca de 8 horas. Assim sendo, aconselhamos que dêem uso ao nível de dificuldade mais elevado, de forma a aumentarem o período de vida da obra.

De notar que há uma mão cheia de extras para serem desbloqueados, que vão de novos modos até fatos extra para as dupla de protagonistas, entre outros mimos. Assim sendo, não faltam condimentos para mais do que uma incursão através do modo solitário.

Passando para o departamento gráfico, estamos perante uma obra soberba. Um dos nossos destaques vai para Sheva, a mais bonita personagem feminina que alguma vez passou por um vídeojogo. Linda de morrer. Na verdade, o nível de detalhe que acompanha a dupla de heróis é realmente fantástico.

O mesmo pode ser dito dos muitos inimigos, se bem que a variedade não seja muita, parecendo que estamos a ser atacados por um exército de clones. Como bónus, as animações são de grande qualidade e a fluidez de frames agradávelmente estável. Quanto aos bosses... têm mesmo de ser vistos, pois não há qualquer descrição que lhes consiga fazer justiça. Os cenários são extremamente variados, apresentando-se ao serviço na companhia de boas texturas e resmas e mais resmas de pormenores.

As muitas cutscenes são dignas de menção honrosa, sendo excelentemente realizadas, compostas por imaculados planos e por uma montagem perfeita, características que lhes fornecem um sabor altamente cinematográfico. Fantásticas!

A sonoplastia não se distancia da elevada qualidade gráfica. As músicas são boas, os efeitos bem reais e os diálogos digitalizados bem interpretados. Basicamente, não há nada de muito errado a apontar.

Conclusão, Resident Evil 5 não é perfeito, nem faz evoluir o franchise por aí além, como aconteceu com RE 4. De qualquer maneira, garante muitas horas de enorme espectacularidade, elevado ritmo cardíaco e grande, grande prazer. Absolutamente aconselhável, portanto!

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